Série: Expressões da Alma "Rastros do Sagrado na Travessia do Cotidiano."
- ciclopoetica
- 30 de mai.
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de jun.

"Expresso minha alma em gestos e movimentos."
Silvia S. Sant'Ana
"On the Nature of Daylight" não é apenas uma música — é uma revelação. Ao ouvi-la, não é só o ouvido que escuta: é o coração que vibra, os olhos que veem por dentro, a pele que se arrepia com a memória do que nunca se viveu, mas se reconhece.
Esta obra abre a série Expressões da Alma como um convite à pausa, à escuta e à contemplação. É uma música que não se ouve apenas... E talvez, nesse instante de luz sobre o dia, reconheçamos em nós a alma que ainda sonha, ama e se lembra.
Como em A Chegada (Arrival — Filme), aqui também aprendemos uma nova linguagem — não feita de letras, mas de gestos que tocam o invisível. Uma linguagem que altera o tempo e devolve à alma o seu poder de escutar, amar e transformar."
Ajuste o volume, feche os olhos por alguns segundos e respire… Só então, permita-se seguir na leitura — e, quem sabe, ceder à pausa possa ser um momento de conexão com as expressões da sua alma.
Apresentação
Há uma linguagem anterior às palavras, anterior ao tempo. É nela que a alma se manifesta — em canto, em gesto, em sopro, em silêncio. Nesta série, cada expressão é um símbolo vivo, um traço do invisível que ganha forma: o corpo que dança, a voz que canta, os pés que correm, os olhos que sonham.

A alma se move. E ao se mover, revela. Revela desejos, saudades, partidas e retornos. Revela o amor que se dá sem esperar retorno, o abraço que dissolve distâncias, a escrita que rasga o céu em busca de sentido.
Estas palavras são ecos — de livros lidos com o coração, de experiências vividas entre o céu e a terra, de silêncios cheios de respostas.
“Expressões da Alma” é uma travessia sensível por aquilo que nos faz humanos. Não pretende explicar, mas evocar. Não busca convencer, mas tocar.
É um convite ao encontro com aquilo que, em ti, também deseja ser ouvido.
Respiro Filosófico:
Desde os antigos mitos até as mais sutis experiências do cotidiano, a alma sempre foi compreendida como aquilo que anima, que move, que sente e que sabe — mesmo antes do pensamento consciente. Para Platão, ela é princípio de vida e de conhecimento; para Heráclito, um sopro que carrega o logos em sua profundidade inesgotável. Já na tradição oriental, a alma é a testemunha silenciosa, que observa e se expressa por meio das formas e dos ciclos da existência.

Em Expressões da Alma, partimos da escuta desse princípio vital que não se contenta com o conceito, mas que pulsa através do canto, da dança, da corrida, do silêncio, do sonho, do amor e da morte. Cada expressão é uma linguagem simbólica da alma em sua busca por sentido — uma espécie de liturgia íntima que revela o invisível por meio do gesto visível.
A série propõe que a alma não é uma abstração, mas algo que se experimenta — em forma de saudade, de coragem, de pausa, de fome de beleza. Assim como a água molda o leito do rio, as expressões da alma moldam o corpo, o tempo e o destino. Mais do que descrever, esta série deseja evocar. Evocar a lembrança de que somos feitos de algo que vibra para além do físico — algo que dança quando a alegria vem, que silencia diante do mistério, que corre quando a vida chama, que sonha porque ainda crê. A alma, enfim, como aquilo que nos mantém humanos diante do tempo, e sagrados diante da finitude.
INTENÇÃO:

Que esta série seja um espaço sagrado onde cada expressão revele o invisível que nos habita. Que a alma possa ser ouvida em seus gestos, silêncios e sonhos. Que possamos, juntos, reconhecer a beleza de sermos atravessados por algo maior. Aqui, buscamos escutar essas manifestações para tocar um saber mais profundo: aquele que nasce da experiência viva e sensível do ser. Que cada palavra desperte um gesto, e cada gesto nos aproxime de nossa verdade essencial. Que a alma encontre aqui um espelho onde possa, enfim, se reconhecer.
Síntese:
"No movimento de sentar e escrever, expressei o que carregava em minha alma. Eis aqui o meu sentir, para você."

Convite:
Você já reparou como uma imagem — um postal, essa tecnologia poética da conexão — pode ser um portal? Uma fresta aberta no cotidiano, por onde o olhar atravessa e algo dentro da gente se move. Quando um portal se abre, é sinal de que chegou o momento de germinar nossos sonhos mais íntimos.
Os postais são sementes simbólicas de pensamento, sensação e memória. Eles nos convidam à reflexão e à conexão. Cada um carrega um fragmento de mundo, um espelho, um símbolo, um chamado.
Se você sentir o convite ecoar aí dentro e quiser revisitar comigo esses caminhos, ficarei muito feliz em te ouvir.
Gratidão por estar aqui comigo!

Livros da Alma:
BONDER, Nilton — A alma imoral
ESTÉS, Clarissa Pinkola — Mulheres que Correm com os Lobos
CAMPBELL, Joseph. O Herói de Mil Faces.
RIBEIRO, Sidarta — O Oráculo da Noite:
RIBEIRO, Sidarta — O Sonho Manifesto.
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