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Uma carta para mim mesma: quando a ausência vira criação e a espera floresce em caminho

Atualizado: 30 de jun.


"Não se apegue ao mensageiro. Dance, crie, escreva com a mensagem."
Clarissa Pinkola Estés


Você já reparou que quase toda criação nasce de uma história de amor? Um amor que inspira, que acende a alma — não apenas com um beijo, uma presença ou um olhar amoroso, mas também com a saudade, a dor, a ausência, a distância… e uma esperança profunda de reencontro.
Antes de começar a leitura dê o play nesta música, tema do filme que inspirou a criação desta carta. I Love You Till the End é daquelas canções que se canta como quem faz uma promessa, uma profecia. É esperança em forma de melodia — para seguir em frente nos dias frios, nos dias vazios, quando a noite simplesmente veste seu manto. E assim, por enquanto, dizemos a nós mesmas: Eu te amo até o fim.


A carta: um gesto de escuta profunda e amor próprio

Esta é uma carta íntima. Um gesto de escuta profunda, escrita após um reencontro — não com alguém, mas comigo mesma. Depois de anos esperando por um amor, ele chegou em forma de ausência, silêncio, distância… e também de criação e despertar.


Neste momento que carece de realismo romântico. De um amor com os pés no chão. Ou melhor: com os pés na terra. Quando a ausência vira criação e a espera floresce em caminho, a gente escreve cartas — ridículas, sim — porque são cartas de amor…



Carta para mim mesma. Inspiração em filme

Inspiração no filme P.S. I Love You: a dor que virou carta para mim mesma.

A inspiração veio do filme P.S. I Love You, onde a protagonista, após perder o marido, não apenas enfrenta o luto, mas se reinventa. Ao reencontrar sua paixão por desenhar sapatos, ela transforma a dor em estilo, beleza e propósito.

Assim como ela, eu também caminhei entre noites escuras, e dali fiz nascer postais, jardins, caminhos e palavras.

É sempre possível encontrar um amor — especialmente quando o outro amor está ausente. 

Foi assim que esta carta nasceu: como resposta à ausência, como escuta da alma.


A carta que virou voz

Foi essa carta que me apresentou aos participantes do Seminário de Educação Interdimensional — Legado e Potência dos Encontros, do Instituto IAMAR. Ela foi lida com generosidade e poesia pela minha amiga Divina, uma presença firme e luminosa no meu caminho. Divina, talentosa em muitas frentes de batalha, é também poetisa da vida e da escuta. Ela deu voz ao que nasceu em mim com tanta delicadeza que tocou muitos corações. 


Sua leitura foi ponte entre minha intimidade e o mundo. Gratidão, amiga Divina, por me apoiar com sua presença. 


Carta de amor para mim mesma. Criando a partir da ausência.

A carta virou semente

Um convite para abraçar a própria alma e florescer

Escrevi para mim, mas ao ser lida por ela, a carta virou semente. Uma oferenda para todos que, neste momento, não estiverem de mãos dadas com sua alma gêmea, tenha a coragem de segurar a própria mão — e sair para um passeio. E que, ao se perder pelo caminho, se permita correr o risco de encontrar o seu próprio pó de estrelas. Talvez isso já seja o bastante para salvar o seu futuro.


Assino com alma

Eu sou Silvia —

amante das minhas andanças,

e esta carta… eu a escrevi com amor e verdade. Aho!


A Carta — na voz de Divina Nunes




 
 
 

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