top of page

Série: Ecos de Poeira Estelar — Uma Viagem: Encontros e Outras Sincronicidades da Alma Viajante

Atualizado: 29 de jun.

Selo representando um home numa viagem cósmica.

"Perder o trem foi apenas o começo desta grande aventura que me trouxe até aqui."

Silvia S. Sant'Ana




Dê um play antes de começar a leitura. Há músicas que simplesmente tocam. E há músicas que costuram.


“Cloud Atlas End Title”, composta por Tom Tykwer, Johnny Klimek e Reinhold Heil, é mais do que a trilha que encerra o filme A Viagem (Cloud Atlas). Ela é a linha invisível que entrelaça vidas aparentemente desconexas, tempos distintos, destinos que se cruzam como constelações em movimento.
Assim como no filme, essa composição costurou a experiência da série Ecos de Poeira Estelar — entrelaçando encontros, sincronicidades, presságios, saudades e encantamentos que desafiam o tempo cronológico e revelam um outro tempo: o da alma.
E talvez, se você permitir, essa música também possa costurar sua história. Porque todos carregamos em nós fragmentos de poeira estelar, e às vezes basta uma melodia para recordar de onde viemos… e com quem ainda precisamos nos encontrar.

Apresentação:

Há encontros que não pedem permissão. Eles chegam como brisa leve ou como tempestade, atravessam fronteiras de idioma, desfazem planos e redesenham o destino. Trazem em si a centelha de algo maior: o brilho sutil do mistério que rege as conexões humanas. Assim como uma viagem.


Cartões postais, se uma série que fala sobre viagem

Ecos de Poeira Estelar é sobre uma experiência, uma viagem; é uma série poética e sensível que se debruça sobre esses encontros — inesperados, transformadores, muitas vezes silenciosos — que nos tocam de modo irreversível. Como partículas errantes do cosmos, vagamos até que, por alguma alquimia do tempo e do espaço, colidimos com outras almas em momentos de rara beleza.


Cada obra, cada palavra, cada imagem é um vestígio desse choque luminoso entre mundos — pequenos instantes de eternidade em que o acaso deixa de ser aleatório para se tornar revelação. São registros de conexões que não se explicam, apenas se sentem: um olhar trocado, uma palavra traduzida, um gesto de gentileza que abre portais.


Há quem diga, como certa cigana num filme, que somos todos feitos de estrelas — e talvez seja isso que nos permite brilhar, mesmo nos encontros breves, mesmo quando o idioma falha. Há algo cósmico nos encontros humanos. E quando nos deixamos afetar, mesmo que por instantes, deixamos de ser os mesmos.


Talvez seja isso que nos mantém em movimento: a esperança de que, em algum ponto da jornada, o desconhecido nos toque com delicadeza e nos lembre de quem somos.


Estes são os ecos — ecos de poeira estelar — reverberando no coração dos que ousam se encontrar.



Intenção:

Se você vir um coelho passando, alguém lhe contando uma história inesperada ou um beija-flor surgindo do nada — não ignore. O coelho, a história e o beija-flor são arautos. Estão ali para te convidar a uma grande aventura.


Uma viagem cósmica através de postais

Talvez seja aquela viagem dos seus sonhos — aquela que você vem adiando, ano após ano. Meu convite com esta série é simples e profundo: escute esse chamado. Viaje!


Escute o arauto que sussurra aos seus ouvidos, que desperta a coragem adormecida e acende a centelha do desejo de partir — não para fugir, mas para se encontrar. Voar ao encontro de outras estrelas como você. Porque somos — não apenas romanticamente, mas cosmicamente — pó de estrelas.


Constelação filosófica Uma Viagem:

Toda jornada começa com um chamado. Às vezes, ele se disfarça de erro — como lembra Joseph Campbell — uma falha, um atraso, uma história contada por alguém que, sem saber, nos convoca a sair do conhecido da margem. Para Christopher Vogler, esse chamado é trazido pelo Arauto, figura simbólica que anuncia a possibilidade de transformação.


“O erro”, como escreve Campbell em O Herói de Mil Faces, “pode ser o início de uma grande jornada”. 

Na minha história, o arauto foi um amigo. Ele falava de Portugal como quem fala de um lugar mágico. Bastou essa conversa para que algo em mim dissesse sim — e o caminho se abrisse. Assim como Alice seguiu o coelho, e Celine embarcou numa noite improvável com Jesse em Antes do Amanhecer, também eu segui o eco de uma história que me levou muito mais longe do que eu podia imaginar.


Entre constelações e encontros que parecem guiados por algo maior do que a razão pode explicar, a teoria dos campos mórficos, de Rupert Sheldrake, oferece uma chave para compreender a força invisível desses ecos que nos atravessam. Segundo ele, a natureza carrega uma memória coletiva — um campo de ressonância — onde experiências, formas e padrões se repetem, não por acaso, mas por sintonia.

Cartões postais são como viagens. Uma viagem, uma pausa.

É como se reconhecêssemos, naquilo que nos chama, algo que já nos pertence.

Ecos de Poeira Estelar é sobre isso: os encontros que nos transformam, os instantes que brilham como portais. Cada oportunidade é uma celebração daqueles momentos que só acontecem uma única vez — do que só pode ser vivido se estivermos atentos, presentes, despertos.


Como dizem Francesc Miralles e Héctor Garcia, em Ichigo-Ichie:


“Cada encontro acontece apenas uma vez na vida. Se o deixarmos passar sem mergulhar nele por inteiro, o momento se perde para sempre.”

Essa série é, portanto, um convite: preste atenção ao coelho, à história, ao beija-flor. Eles são arautos. Ouça o chamado. Talvez ele te leve à viagem dos seus sonhos — ou ao reencontro com a parte mais viva e estelar de você.


Uma viagem é um portal, é também um cartão postal.

Síntese:

"O arauto chegou até mim na figura de um amigo, com uma história que me atravessou por constelações e lunações — e me trouxe até aqui."

Convite:
Você já reparou como uma imagem — um postal, essa tecnologia poética da conexão — pode ser um portal? Uma fresta aberta no cotidiano, por onde o olhar atravessa e algo dentro da gente se move. Quando um portal se abre, é sinal de que chegou o momento de germinar nossos sonhos mais íntimos.
Os postais são sementes simbólicas de pensamento, sensação e memória. Eles nos convidam à reflexão e à conexão. Cada um carrega um fragmento de mundo, um espelho, um símbolo, um chamado.
Se você sentir o convite ecoar aí dentro e quiser revisitar comigo esses caminhos, ficarei muito feliz em te ouvir.

Gratidão por estar aqui comigo!

Fotogra de viagem, de jardim, de horizontes. Escritora.

Livros que caíram da estante: 

CAMPBELL, Joseph — O Herói de Mil Faces

GARCÍA, Héctor — Ichigo-ichie

VOGLER, Christopher—  A Jornada do Escritor

CARROLL, Lewis — Alice no País das Maravilhas

 
 
 

Comentarios


© 2022 Sívia Sant'Ana

  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
bottom of page