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Meu encontro com CICLO

Atualizado: 23 de jun. de 2022



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Leitor, leitora, conclamo por oportuno absorver o quanto conseguir do CICLO - uma poética dos sentidos e da percepção, o livro-arte-filosófico-confessional e o que mais… de minha amiga filósofa Sílvia Sant’Ana. Não se iluda ante a graça com que a autora vai associando poses sazonais da sua bela jabuticabeira de quintal com versos curvos, como que rejeitando expressar o profundo.


As imagens em close de um lado e os versos curvos do outro parecem induzir na gente um mantra em baixa-rotação, e você pode achar que o livro é ‘só’ aquilo. Se fosse, já poderia ser o bastante, porque a leitura-contemplação nos faz descansar a mente e relaxar o corpo, bem ao gosto do que expõe a autora, não apenas neste livro, como das inúmeras vezes em que trocamos palavras.


Ela mesma propõe que sua obra seja um “convite à contemplação do mundo… vivido”. Essa oferta inicial envolta em branduras é uma preparação para você se surpreender com o que vem a seguir. O livro, gestado durante 8 anos, deixa as imagens e a poesia e emenda uma prosa fluente, articulada de argumentos vindos das profundezas do coração e das camadas externas sovadas do difícil ato de ir adiante. E com propriedade, afirma: “Os obstáculos… são antagonistas da nossa história...”.


A parte dissertativa nos põe a par da intenção da autora. Ao mesmo tempo em que relata suas dificuldades naturais em conciliar-se com o modo como a vida se lhe apresenta e a desafia, expondo seu desejo de se ajustar para ser feliz o possível, pondera a nós outros sobre a necessidade de se buscar caminhos pelo processo da contemplação. Nesse mister, CICLO é um legado e testemunho de sua própria transformação, conforme relata.


As palavras sinceras, convictas e doadoras de Sílvia deixam no ar que qualquer de nós pode valer-se do exemplo da sua experiência para encontrar saídas e alçar uma vida melhor: com menos desgastes, em um tempo mais curto e com ganhos afetivos de maior quilate. Tudo isso a um custo firmado no relato de vivências entremeadas de êxitos e infortúnios, marcados pelos extremos de correr em maratonas e depois aquietar-se para sorver o ínfimo à sua volta. Algo impossível a qualquer atleta em competição.


Sílvia Sant’Ana defende a vital importância de manter relações de amizade, “condição básica à filosofia”, acrescento, de vida. Saudosa daqueles “dois dedos de prosa” deixados no passado, foi resgatar pessoas em suas agendas antigas. Fui contemplado!


JKarllos

Escritor


 
 
 

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