"CICLO: Navegando Pelas Marés da Renovação"
- ciclopoetica
- 13 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de mai. de 2024

Oito anos longe das pistas me permitiram descobrir tesouros e talentos que sequer imaginava possuir. Como toda caça ao tesouro, somos marujos, ora disciplinados, ora inconsequentes e capitães astuciosos de nosso navio ou barquinho solitário, enfrentando tempestades, quedas e transbordos de emoções até entregarmos a moeda ao barqueiro Caronte e descermos um pouquinho mais até ficarmos cara a cara com Hades, a morte, para então renascer. Desconheço outro caminho. Se me prometerem uma trilha mais fácil, minha resposta será simples: obrigada, só que não.

E o que significa entregar a moeda a Caronte?
Aceitar a morte, deixar morrer o que precisa morrer e enfrentar os próprios medos ou desafios mais profundos, para renascer e crescer a partir dessa experiência.

"CICLO" oferece uma jornada poética que transcende a simples observação da natureza, convidando os leitores a mergulharem em uma reflexão profunda sobre suas próprias vidas. Em um mundo cada vez mais dominado pela velocidade e pela superficialidade, este livro atua como um antídoto, incentivando a pausa, a contemplação e a reconexão com os ritmos naturais. Ao destacar a protagonista, a jabuticabeira, como mestre e guia, "CICLO" nos lembra da importância de reconhecer e honrar a sabedoria contida em cada elemento da natureza. Neste contexto, o livro desempenha um papel vital na busca por uma existência mais significativa, convidando os leitores a purificar seu olhar, encontrar beleza nos detalhes do cotidiano e abraçar um sentido mais auspicioso da vida.
Oito anos foi o tempo necessário, um ciclo completo, para tomar coragem e me dedicar à escrita, uma prática filosófica e terapêutica que nos permite o autoconhecimento à medida que conseguimos sentar e meditar sobre nossos avanços e ajustes.

O símbolo do infinito não representa apenas nossa infinitude, mas também o número 8. "CICLO" foi construído em cima de muitos simbolismos, desde o formato quadrado da capa, a escolha das cores, até o anfitrião que nos convida à pausa: o beija-flor.
No futuro, almejo falar sobre esses simbolismos que são detalhes invisíveis, mas que permitem uma conexão com as formas abstratas mais elevadas, as ideias, a Arché, a origem, o princípio de tudo.
No mês passado, abril/2024, decidi celebrar meu novo ciclo e aceitar o convite para pausar, descansar, contemplar, fotografar e conversar com estranhos. Foi o elixir mais eficaz que suavizou as arestas do meu coração, tornando-o compassivo e sereno.
A guisa de uma conversa, convido você a embarcar nesta jornada poética oferecida por 'CICLO'. Assim como encontrei inspiração e renovação ao longo de oito anos de introspecção e reflexão, este livro oferece a todos nós a oportunidade de nos reconectar com os ritmos naturais da vida. Em um mundo repleto de pressa e superficialidade, 'CICLO' nos convida a pausar, a contemplar, e a encontrar beleza nos detalhes do cotidiano. Que esta obra seja não apenas um refúgio para a alma, mas também um convite para abraçar um sentido mais auspicioso da vida. Aho!"
Silvia Sant'Ana
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